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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL

Por Mansuêto Franco

O significado do Natal de Jesus não foi e não é compreendido em toda a sua profundidade até o dia de hoje, pois é um maravilhoso mistério: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: aquele que foi manifestado na carne...” ( 1 Tm 3.16).
Ao nos aproximarmos do Natal, deparamos com uma celeuma de luzes, enfeites e trocas de presentes. Uma miscelânea de ideologias meramente humanas, que são implantadas nas festas de Natal, afastando cada vez mais crianças, jovens e adultos do verdadeiro sentido do nascimento de Jesus.
Em quase todo o globo terrestre, alguém comemora o Natal, mas realmente existe uma diferença de significado para cada grupo ou pessoas individualmente. Afinal, por que será que no Natal o número de suicídios é maior que nos outros dias do ano? Falta-lhes dizer que Natal é surgimento da Vida, e não da morte. A Vida que nos dá vida. A Vida que foi manifestada salvadora (Tt 2.11).
Natal lembra-nos nascimento, e é isto que a palavra significa: do latim Natale, “relativo ao nascimento”; “onde se deu o nascimento”; “dia observado para comemorar o nascimento de Jesus Cristo”. Estabelecida pelo monge Dionísio, foi oficializada pelo papa Júlio I no IV século da Era Cristã.
Olhando as páginas das Escrituras Sagradas, não encontramos vastos registros de comemorações natalícias. Encontra-se uma em Mateus 14.6, e que não foi uma aprazível festa, pelo contrário, foi um aniversário cheio de imundícia, impureza, malícia, glutonarias, sensualidade e morte. Morte de João Batista, pois o decapitaram (ver Mt 14.8-11).
Também não encontramos no livro dos Atos nenhuma alusão à comemoração natalícia de Jesus feita pela Igreja Primitiva. No ano 245 d. C., o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Jesus “como se fosse ele um faraó”. Nesta comemoração natalícia de Jesus, o que vemos é muitas raízes do paganismo antigo. A exemplo temos o pinheiro, uma árvore que facilmente é encontrada nas casas, lojas, igrejas etc. Na mitologia antiga, esta árvore utilizada como símbolo do Natal, era a preferida por Tamuz, o deus do sol, também conhecido como o deus que morre e ressurge (ver Ez 8.14-16).
O dia 25 de dezembro, comemorado como sendo o dia do nascimento de Jesus, não tem bases sólidas, já houve outras datas comemoradas. A atual foi fixada no ano 440 d.C., a fim de cristianizar festas pagãs realizadas neste dia.
O nascimento de Jesus teria ocorrido provavelmente entre a segunda metade de março e a primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o frio intimidaria a iniciativa de realizar o alistamento.
No entanto, para compreender o real sentido do Natal, temos que nos desembaraçar desta formalidade tradicional, das luzes, enfeites, presentes etc., que só ofuscam a Luz da manjedoura e a sublimidade do menino Jesus.
Desçamos até a pequena Belém! Ainda mais, até um estábulo. Ainda um pouco mais, até uma manjedoura e, ali prostrados, humildemente, adoremos ao Rei dos reis e Senhor da Glória e, compreenderemos o significado da vinda deste menino. Naquele dia nasce:
O descendente da mulher, de Gênesis 3.16;
O Siló, de Gênesis 49.10.
O Profeta semelhante a Moisés, de Deuteronômio 18.15.
A Estrela de Jacó, de Números 24;
O Rei da Glória, do Salmo 24.10.
O Maravilho, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz, de Isaías 9.6;
O Homem sofredor, de Isaías 53.
Ora, o nascimento de Jesus não se deu por acaso! Não! Mil vezes não! Ele foi profetizado! E estas profecias apontavam para um Homem perfeito e que faria a obra que nenhum outro poderia fazer: a obra da Salvação. Eis aí o significado real do Natal: a SALVAÇÃO da humanidade. Salvação? Exatamente, SALVAÇÃO. O anjo, porém lhes disse: “...é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o SALVADOR” (Lc 2.11). Simeão pega Jesus nos braços e diz: “Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, porque os meus olhos já viram a tua salvação” (Lc 2.29,30). O seu próprio nome significa Salvador. E você, já tem a Salvação?